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Lista suja do trabalho escravo no Maranhão expõe a opressão e exploração dos trabalhadores do campo

Trabalhadores em situação análoga à escravidão
Trabalhadores em situação análoga à escravidão

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mais uma vez expôs a face cruel da exploração ao incluir 248 patrões no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão no Brasil. Essa triste realidade, revelada na Lista Suja, é um reflexo sombrio das relações de trabalho em nosso país, onde 29 fazendeiros e empresários, espalhados por diversos municípios maranhenses, são denunciados por suas práticas cruéis.

Esta lista representa a opressão e exploração de parte dos fazendeiros contra trabalhadores e trabalhadoras do Maranhão e do Brasil. A lista foi atualizada no dia 5 de abril de 2024.

Abaixo você confere, em ordem alfabética, os 29 empregadores autuados no Maranhão.

Lista suja do Maranhão:

Abdias Pereira da Silva – Fazenda Bela Vista (Itinga);

Antônio de Pádua Ferreira Barros – Fazenda Santo Antônio (Montes Altos);

Antônio Eustáquio Maciel – Fazenda Lajeado (São João do Paraíso);

Carlos André Sousa de Jesus – Fazenda Pedreira 002 (Bom Jesus das Selvas);

DT Monteles Limitada – Fazenda Santa Isabel (São João do Sóter);

Damião Ribeiro Sales – Fazenda Santa Rita (Riachão);

Dimar Luis da Silva – Fazenda Maravilha (Ribamar Fiquene);

Edson Aparecido Barbaresco – Fazenda Santo Cristo e Javé Jiré (Balsas);

F de S Goes Construtora Eireli – Rodovia BR 230 ( São Felix de Balsas);

Floresta Verde Indústria e Empreendimento LTDA – Fazenda Cajueiro ( Sítio Novo);

Francisco da Silva Rocha Filho – Fazenda Morada Nova Il (Codó);

Herbert dos Santos Brito – Povoado Vila Real (Barra do Corda);

Império Verde Indústria e Empreendimentos LTDA (Fazenda Prata (Davinópolis);

J de Castro Roman & Cia LTDA – Fazenda Cachimbo (Mirador);

Jesus Rodrigues Neto – Fazenda Canaã (Imperatriz);

José Cláudio Alves de Oliveira – Alojamento para Vendedores Ambulantes, bairro Fumacê (São Luís);

José Rita da Silva Ribeiro – Fazenda Recreio Curral Velho (Sucupira do Norte)

Manoel Damaso de Sousa – Fazenda Santa Teresinha (Arame);

Manoel Erasmo Borges Bandeira – Fazenda Bom Retiro (Amarante do Maranhão);

Marco Aurélio Canova – Fazenda Vontobel ( Aldeias Altas);

Marcos Paulo Queiroz da Silva – Fazenda São Bernardo (Caxias);

Marvil Indústria e Comércio – Fazenda Cajueiro (Sítio Novo);

Mirador Indústria e Comércio de Carvão – Povoado Liso (Mirador);

Moacir Paulo Roman – Fazenda Cachimbo (Ibipira);

Paulo Celso Fonseca Marinho – Fazenda Estrela ( Caxias);

Rhonan Galletti Gava de Carvalho – Fazenda estrela (Açailândia);

Samy Wylker Novaes Aguiar – Fazenda São Sebastião (Cidelândia);

Sirlei Martins Amaral – Rodovia BR 230 (São Felix de Balsas);

Vivalda Rosa Guterres – São Luís.

Pesquisa completa em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/areas-de-atuacao/cadastro_de_empregadores.pdf

De acordo com o MTE, o nome de cada empregador permanecerá publicado por um período de dois anos na Lista Suja. Por isso, nesta atualização, foram excluídos 50 nomes que já completaram o tempo de publicação estipulado.

Esses 29 fazendeiros e empresários, identificados em diversos municípios maranhenses, são apenas uma pequena parcela de uma classe dominante que lucra às custas da miséria e da opressão dos trabalhadores. Enquanto isso, o Estado, que deveria ser o guardião dos direitos dos trabalhadores, muitas vezes se mostra complacente ou até mesmo cúmplice dessas atrocidades, como evidenciado pela participação de seus órgãos na identificação e punição desses empregadores.

É hora de reconhecer que o sistema capitalista perpetua e alimenta a desigualdade, a opressão e a exploração dos trabalhadores. Enquanto a busca pelo lucro prevalecer sobre a dignidade humana, continuaremos a testemunhar esses horrores que envergonham a humanidade. É por isso que é urgente e vital uma transformação radical da sociedade, uma transformação que coloque os meios de produção nas mãos dos trabalhadores, uma transformação que coloque as necessidades humanas acima do lucro privado. Somente por meio do socialismo podemos verdadeiramente emancipar os trabalhadores e construir um mundo onde a justiça, a igualdade e a solidariedade sejam os alicerces da nossa sociedade.

UC (Unidade Classista)/Comunicação Maranhão

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