Nos últimos anos, a exploração do trabalho no Brasil só se intensificou. A escala 6X1, que impõe jornadas de 44 horas semanais com apenas um dia de descanso, tem impactado diretamente a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores. Esse cenário se agrava com as reformas trabalhistas implementadas desde o governo Temer, as medidas da “carteira verde-amarela” de Bolsonaro e o aprofundamento das políticas neoliberais no atual governo. Enquanto isso, os preços dos alimentos atingem valores exorbitantes, tornando cada vez mais difícil a subsistência da classe trabalhadora.
A crise da sociedade capitalista se aprofunda a cada ano, recaindo nas costas da classe trabalhadora, com a degradação das condições de vida e trabalho. A superexploração atinge níveis desumanos e os governos dos patrões aplicam ajustes fiscais e econômicos que prejudicam os trabalhadores. Precisamos impedir a superexploração.
O final do ano de 2024 foi marcado por diversos ataques à classe trabalhadora em nível nacional e internacional. No Brasil, a extrema direita defende todo tipo de ataque aos trabalhadores, com projetos privatistas e a flexibilização total dos direitos trabalhistas, mascarando a exploração pelo falso discurso do empreendedorismo. Além disso, o Arcabouço Fiscal, que é um Novo Teto de Gastos no governo Lula-Alckmin impõe mais ajuste fiscal e arrocho contra os trabalhadores, reduzindo mais e mais o orçamento para os serviços públicos, como saúde e educação, e estrangulando os modelos de reajuste do salário mínimo. Não bastasse, o atual governo se nega a revogar as contrarreformas trabalhista e previdenciária de Temer e Bolsonaro.
O estresse, o adoecimento físico e mental e a falta de tempo para o lazer, a cultura e o convívio com amigos e familiares tornam evidente a necessidade urgente de mudar esse modelo. A vida dos trabalhadores deve pertencer a eles, e não ao patrão. O tempo de trabalho deve estar a serviço da qualidade de vida, e não do lucro de poucos.
No Maranhão, o governador Carlos Brandão segue favorecendo os interesses empresariais em detrimento dos trabalhadores, assim como o governo federal mantém o arcabouço fiscal e as reformas trabalhistas e previdenciárias que precarizam ainda mais as condições de vida. Esse modelo precisa ser combatido.
Diante disso, manifestamos nosso repúdio à jornada de trabalho 6X1 e exigimos:
- A revogação das reformas trabalhista e previdenciária;
- A redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução salarial;
- A valorização dos direitos trabalhistas e condições dignas de trabalho para todos.
Os trabalhadores já sentem na pele a precarização e o adoecimento causados por essas políticas. É hora de unirmos forças para reivindicar condições justas e dignas de trabalho.
A luta contra a escala 6X1 é a luta de todos nós!
