Na tarde do dia 30 de abril, São Luís do Maranhão foi palco de uma manifestação com a participação da UC (Unidade Classista), UJC (União da Juventude Comunista), UCL (União das Comunidades em Luta), Coletivo Estudantil, movimentos sindicais e sociais. O evento, uma celebração antecipada do Dia Internacional do Trabalhador, 1º de Maio, reuniu uma diversidade de vozes em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a grilagem de terras que assola o Maranhão.
A concentração ocorreu na Praça Deodoro, no Centro da capital maranhense, onde os manifestantes se reuniram para levantar suas vozes e reivindicações. Entre as pautas centrais estavam os conflitos ocasionados pela grilagem na Gleba Campina, localizada no Povoado Vilela do município de Junco do Maranhão, onde por mais de 16 anos, essa questão tem sido uma ferida aberta na região, com grileiros promovendo violência e destruição entre os moradores locais.
Durante o evento, as vozes dos campesinos ecoaram alto, expressando seu descontentamento com a Lei da Grilagem, fruto de interesses políticos que facilitam a usurpação de terras públicas, promovida pelo deputado estadual Eric Costa e sancionada pelo governador Carlos Brandão.
Militantes da UC e da UJC protagonizaram discursos inflamados pela revogação das reformas trabalhistas implementadas durante o governo Bolsonaro, bem como contra a lei de grilagem de terras no Maranhão, que tem exacerbado os conflitos fundiários em diversas partes do estado do Maranhão.
Após os discursos, a manifestação ganhou força, com mais de 100 campesinos tomando as ruas próximas à Praça Deodoro, com palavras de ordem contra a grilagem de terras e pela libertação de Isael Batista, que se encontra injustamente preso desde 29 de novembro de 2023, após defender sua comunidade de um possível ataque de um pistoleiro, no Povoado Vilela, em Junco do Maranhão.
O evento não apenas marcou uma celebração antecipada do Dia Internacional do Trabalhador, mas também demonstrou a força e a união dos movimentos sociais e sindicais em sua luta pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores. Enquanto as vozes dos manifestantes ecoavam pelas ruas de São Luís, ficou claro que uma das maiores lutas atualmente no Maranhão, é contra a grilagem de terras sofrido pelos Campesinos, Povos Indígenas e Quilombolas.
UC/UJC/Comunicação Maranhão